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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sou Travesti tenho direito de ser quem sou

publicado em 29/01/2010 às 16h25:

Travestis criam campanha para
sensibilizar contra preconceito

Cartazes e folderes estão expostos em Curitiba com apoio do Ministério da Saúde

Do R7
DivulgaçãoFoto por Divulgação
Veja fotos do material da campanhaFolder da campanha Sou travesti. Tenho direito de ser quem eu sou

Nesta sexta-feira (29), Dia da Visibilidade das Travestis, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais mostrará em Curitiba o produto do trabalho desenvolvido por elas em oficina de criatividade realizada em Brasília entre os dias 16 e 18 de janeiro. O material está disponível no site.


O material gráfico preparado na oficina em Brasília é composto de quatro modelos de cartazes e três folderes com mensagens de prevenção. Os materiais elaborados por elas serão produzidos e distribuídos pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, a partir de março.

É a primeira vez que as travestis produzem e criam o conceito de um material destinado para elas mesmas. Com o slogan “Sou travesti. Tenho direito de ser quem eu sou”, a proposta é promover a inserção social e a imagem positiva das travestis, além de disseminar o conhecimento sobre as formas de prevenção às DST, HIV e Aids e o combate à violência e à discriminação.

- Como são vítimas de violência e da dificuldade de acesso a serviços públicos, como saúde e educação, as travestis tornam-se mais vulneráveis à infecção pelo HIV, explica a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.

- Produzir o seu próprio material faz delas as protagonistas das suas próprias histórias. Na vida real, elas não são ouvidas, não são vistas., completa ela.


Não acolhidas de forma adequada nos serviços de saúde, elas também têm mais dificuldades para recorrer aos instrumentos necessários à prevenção às DST e outros problemas de saúde.
Além do material gráfico e da distribuição via internet de peças eletrônicas está previsto um hot site a ser lançado também em março com materiais da oficina, making of, conteúdos de prevenção e jogos interativos. O público terá a oportunidade de conhecer as travestis como elas realmente são por meio de vídeos que mostram, por exemplo, o que há na bolsa de uma travesti e como foi a escolha do nome social.

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