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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Economia na compra de Antirretrovirais

Investir na produção de medicamentos e em mais ações de prevenção são as sugestões de ativistas para o uso do dinheiro que o Ministério da Saúde economizou na compra de antirretrovirais

27/01/2010

O Ministério da Saúde informou nesta terça (26) que conseguiu economizar R$ 118 milhões na negociação de contratos de compra de medicamentos antirretrovirais (saiba mais). A Agência de Notícias da Aids entrevistou alguns ativistas para opinarem o que deveria ser feito com a verba. Segundo o ativista e presidente da ONG Cedus, Roberto Pereira, “o governo deveria investir na produção de medicamentos. Essa medida deixa o Brasil mais independente, ou seja, não ficaremos tão reféns da indústria estrangeira ”.

Além disso, Pereira acha que esse valor também deve ser investido em pesquisa de novas drogas para compor o tratamento antirretroviral. “O paciente que necessita de remédios para sobreviver não quer saber se está em falta ou se o Ministério da Saúde está negociando um preço mais baixo, ele quer apenas tomar esse medicamento”, afirmou.

Assim como Roberto Pereira, Veriano Terto, presidente a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA), também acredita que esse dinheiro deveria ser investido em pesquisa de produção de antirretrovirais genéricos. Com essa medida, além de disponibilizar mais medicamentos para o tratamento antirretroviral, o Brasil também poderia negociar redução de preços com outras indústrias farmacêuticas”, explicou.

Já o presidente do Fórum de ONG/Aids de São Paulo, Rodrigo de Souza Pinheiro, acha que esse recurso financeiro deve ser investido na área de prevenção. “Apesar do dinheiro ser economizado na área de assistência, ele deve ser revertido em ações objetivas e efetivas de prevenção”, sugeriu.

Segundo ele, “essas ações devem ser direcionadas para públicos especificos, pois é onde está concentrada a epidemia. Além disso, é importante também aumentar a oferta de insumos para um diagnóstico precoce, pois assim as pessoas podem começar o tratamento o mais breve possível”, disse.

“Os planos de enfrentamento as DSTs/HIV/aids não têm tido o resultado esperado. É importante investir em ações que tragam algum tipo de resultado”, afirmou Pinheiro .

Segundo a nota divulgada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, a coordenadora do órgão Mariângela Simão , atribui a redução dos preços ao grande esforço para negociação com os laboratórios. O Brasil tem maior poder de negociação com as multinacionais por ser um bom pagador, por fazer compra centralizada para atender todo o país, e garantir acesso universal e gratuito. Além disso, tem um guia terapêutico que enfatiza a terapia seqüencial e o uso racional de medicamento

Cortesia: Clipping Bem Fam(27/01/010)

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