A difícil arte de nascer (Paulo Pinheiro)
O Dia
21/01/2010
A tentativa de atendimento diferenciado à gestante e a seu bebê é um bom começo
Médico e líder da Frente Carioca (PPS-PV) na Câmara dos Vereadores
Rio - Após a desassistência sistemática às mães que pretendem dar à luz na rede municipal, a prefeitura assume uma responsabilidade única com as gestantes por meio do projeto ‘Cegonha Carioca’. Mais que a oferta de enxoval, atendimento personalizado e de um diploma de cidadão carioca para o recém-nascido, o destaque é a garantia de transporte e a promessa de conquista de um leito materno.
O poder público tenta assumir um papel mais ativo no encaminhamento da gestante, retirando dela a responsabilidade pela busca de uma vaga no sistema público de saúde. O funcionamento, porém, pode encontrar obstáculos devido aos problemas de gestão na Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil.
A opção da Secretaria, em transferir os serviços na saúde às Organizações Sociais (OSs), é um equívoco. A primeira entidade habilitada para tocar o Programa Saúde da Família (PSF) na Zona Oeste não inspira confiança porque responde na Justiça por uma série de ações por má administração.
Somente com a valorização do PSF, a melhoria da qualidade do pré-natal e uma melhor atenção ao parto, a assistência materno-infantil apresentará avanços. A taxa de mortalidade relaciona-se diretamente com os investimentos realizados e com as políticas públicas na saúde. A quantidade de mortes é resultado de complicações enfrentadas durante o pré-natal, no parto ou no falho acompanhamento médico do bebê até um ano de vida.
C,ipping Bem Fam(21/01/010)
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