JULLIANE SILVEIRA
da Folha de S.Paulo
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) aprovou uma resolução que normatiza o atendimento médico a travestis e transexuais em São Paulo. O texto foi publicado ontem no "Diário Oficial do Estado".
Um dos artigos assegura a esses pacientes o direito de serem chamados pelo nome social. Outro enfatiza a garantia de receberem atendimento psicológico, psiquiátrico, endocrinológico e cirúrgico reconhecidos.
As principais mudanças ocorrem no tratamento de travestis. Faltava uma regulamentação ética para as mudanças no corpo desses pacientes, que são realizadas com uso de hormônios e de próteses de silicone.
"Carecíamos de respaldo ético para cuidar de problemas específicos. Poderia prescrever hormônio, já que não havia cobertura ética? Agora, a resolução oferece essa cobertura", diz o sanitarista Artur Kalichman, coordenador-adjunto do Programa Estadual DST-Aids.
A resolução objetiva reduzir danos para esses pacientes, que, por falta de atendimento, frequentemente usam hormônios por conta própria e silicone industrial.
Fonte: Folha on line
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