Lula, o filho do Brasil
O filme é boa diversão, mas não é documento histórico Crédito: Europa Filmes / DIVULGAÇÃO / CP |
Confesso que fui com um pé atrás assistir a LULA, O FILHO DO BRASIL, de Fábio Barreto. O filme carrega o estigma de ser puramente eleitoreiro, em ano de eleições presidenciais.
O diretor consegue surpreender ao recriar quase que perfeitamente o Brasil miserável dos anos 1950 e 1960. E a história é didática, sem espaços para invenções: começa com o nascimento de Luís Inácio, no sertão pernambucano, em 1945, e segue a trajetória do personagem até as greves no ABC paulista no começo dos anos 1980 (usando por vezes imagens de arquivos).
Porém, o diretor esquece de mostrar daonde surgiu o apelido Lula do personagem, além de bombardear grosseiramente o merchandising de uma certa marca de cerveja. LULA, O FILHO DO BRASIL também tropeça na caracterização de alguns personagens, como o do próprio Lula. Em certas horas, ele aparece com a sua voz característica , em virtude da língua presa. E noutros, aliás, na maior parte do tempo, nada de sotaque.
Mas o estreante ator Rui Ricardo Dias não faz feio, mesmo com o erro citado acima. Mas o filme é, como sempre, de Glória Pires como Lindu, a mãe de Lula. Suas aparições são sempre desconcertantes. Destaque também para Milhem Cortaz (de Carandiru), que interpreta o cruel e alcoólatra pai do protagonista.
Dizer que o filme incita o espectador a votar no candidato (a) governista é menosprezar a inteligência do espectador...Mesmo que o personagem mostrado no filme seja de uma idoneidade completa. Enfim, vale como diversão, mas não como documento histórico.
O diretor consegue surpreender ao recriar quase que perfeitamente o Brasil miserável dos anos 1950 e 1960. E a história é didática, sem espaços para invenções: começa com o nascimento de Luís Inácio, no sertão pernambucano, em 1945, e segue a trajetória do personagem até as greves no ABC paulista no começo dos anos 1980 (usando por vezes imagens de arquivos).
Porém, o diretor esquece de mostrar daonde surgiu o apelido Lula do personagem, além de bombardear grosseiramente o merchandising de uma certa marca de cerveja. LULA, O FILHO DO BRASIL também tropeça na caracterização de alguns personagens, como o do próprio Lula. Em certas horas, ele aparece com a sua voz característica , em virtude da língua presa. E noutros, aliás, na maior parte do tempo, nada de sotaque.
Mas o estreante ator Rui Ricardo Dias não faz feio, mesmo com o erro citado acima. Mas o filme é, como sempre, de Glória Pires como Lindu, a mãe de Lula. Suas aparições são sempre desconcertantes. Destaque também para Milhem Cortaz (de Carandiru), que interpreta o cruel e alcoólatra pai do protagonista.
Dizer que o filme incita o espectador a votar no candidato (a) governista é menosprezar a inteligência do espectador...Mesmo que o personagem mostrado no filme seja de uma idoneidade completa. Enfim, vale como diversão, mas não como documento histórico.
Por Chico Izidro Postado por Marcos Santuário - 19/01/2010 23:33 - Atualizado em 19/01/2010 23:40
Blog Cine CP do Jornal Correio do Povo, Porto Alegre.
NOTA PESSOAL: Dizer que o filme é eleitoreiro, significa nos chamar de massa de manobra, pois o filme apenas idolatra a figura da mãe do Lula. Ela Sim merece todos os nossos votos!
Veja sem medo!
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