O sangue de cordão é uma das fontes para transplante de medula óssea. Com a inauguração do banco de Santa Catarina aumentam as chances dos pacientes que precisam do transplante e não têm doador na família. “Cerca de 70% dos pacientes não encontram o doador compatível entre os irmãos. Não dá para suprir essa necessidade somente com os doadores voluntários. As células de cordão umbilical são mais fáceis de obter, têm menor restrição de compatibilidade e menor risco de contaminação”, explicou Luis Fernando Bouzas, diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do INCA e responsável pela coordenação da Rede BrasilCord.
Hoje, a Rede BrasilCord é formada pelos bancos do INCA (RJ); do Hospital Albert Einstein (SP); e dos hemocentros da Universidade de Campinas (SP) e de Ribeirão Preto (SP). A ampliação vai aumentar o número de bolsas de sangue de cordão armazenadas de pessoas de todas as regiões do país, assegurando que a diversidade da população brasileira, que possui características de miscigenação regionais distintas, estará nos bancos públicos. Essa medida aumenta as chances de pessoas de diversos grupos étnicos, como os índios, por exemplo, encontrar doadores, caso precisem.
A ampliação da Rede BrasilCord prevê a construção, em dois anos, de mais sete bancos no país: Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Fortaleza e Belém. Além disso, as instalações do laboratório de imunogenética do INCA, responsável estipular os padrões de qualidade dos testes de compatibilidade entre doadores e receptores de medula óssea, e considerado referência para os exames das unidades da Rede BrasilCord, receberão recursos para modernização e novos equipamentos.
Estima-se que, nos próximos anos, a Rede alcance a meta de 50 mil unidades de sangue de cordões umbilicais armazenados – quantidade considerada ideal para, somada aos doadores voluntários de medula óssea, suprir a necessidade de transplantes. A Rede BrasilCord foi criada pelo Ministério da Saúde em 2004. Desde então, já foram realizados 53 transplantes com unidades de cordão nacionais. Isso corresponde a 12% dos procedimentos realizados nos últimos quatro anos. A Rede BrasilCord traz, além da agilidade para os pacientes na realização dos transplantes, economia para o Ministério da Saúde. Utilizar unidade de cordão de registros estrangeiros custa cerca de R$ 50.000, enquanto manter uma bolsa em um banco público nacional, custa R$ 3.000.
Serviço: Inauguração Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário de Santa Catarina
Local: Anfiteatro do Hemosc - Av. Othon Gama D`Eça, 756 - Praça D. Pedro I.
Centro - Florianópolis
Horário: 11h
Fonte:www.inca.gov.br
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