Explicação sobre o blog "Ativismocontraaidstb"


Aproveito para afirmar que este blog NÃO ESTÁ CONTRA OS ATIVISTAS, PELO CONTRÁRIO.

Sou uma pessoa vivendo com HIV AIDS e HOMOSSEXUAL. Logo não posso ser contra o ativismo seja ele de qualquer forma.

QUERO SIM AGREGAR(ME JUNTAR A TODOS OS ATIVISTAS)PARA JUNTOS FORMARMOS UMA força de pessoas conscientes que reivindicam seus direitos e não se escondam e muito menos se deixem reprimir.

Se por aí dizem isso, foi porque eles não se deram ao trabalho de ler o enunciado no cabeçalho(Em cima do blog em Rosa)do blog.

Espero com isso aclarar os ânimos e entendimentos de todos.

Conto com sua atenção e se quiser, sua divulgação.

Obrigado, desculpe o transtorno!

NADA A COMEMORAR

NADA A COMEMORAR
NADA A COMEMORAR dN@dILM@!

#CONVITE #ATOpUBLICO DE #DESAGRAVO AO FECHAMENTO DAS #EAT´S

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

#CONVITE #ATOpUBLICO DE #DESAGRAVO AO FECHAMENTO DAS #EAT´S

SEGUNDA-FEIRA 10:00hS
EAT Luis Carlos Ripper - Rua Visconde de Niterói, 1364 - Bairro Mangueira.
Caro Companheiro (a), Venha participar, com sua presença, dia 18 de fevereiro, às 10hrs da manhã de um "abraço" ao prédio da nossa querida EAT - Escola das Artes Técnicas Luis Carlos Ripper que, junto com a EAT Paulo Falcão ( Nova Iguaçu) foi fechada por uma arbitraria decisão governamental. Participe deste ato de desagravo ao fechamento de duas escolas públicas, reconhecidas e premiadas internacionalmente que, há dez anos, levam educação de excelência ao povo. ... Compartilhe este convite com todos aqueles que, como você esta comprometidos com a educação verdadeiramente de qualidade. >> Assine a petição para não deixar o governo do estado acabar com duas escolas de excelência!! << http://www.avaaz.org/po/petition/Pelo_manutencao_das_EATS_e_de_sua_Metodologia/?cqMRZdb Saiba mais: http://sujeitopolitico.blogspot.com.br/

ESTE BLOG ESTA COMEMORANDO!!!

ESTE BLOG ESTA COMEMORANDO!!!
3 anos de existência com vocês...

Ativismo Contra Aids/TB

segunda-feira, 14 de abril de 2014

DIlma gera insatisfação e #CRISEnaPF


    MAIS UMA LUTA ATIVISTA DESSE BLOG:::

     Estou acompanhando e apoiando os Funcionários da #PolíciaFederal, cujo
o dedicado trabalho tem resultado em Operações que ajudam a moralizar o pais.
     Voces podem ver as reivindicações deles no Tuiter procurando a hastag #CrisenaPF, lah tem todas as informações necessaria para que todos se interem, do estado lastimavel que o governo LLULLA e DILMA tem deixados esses Funcionarios Publicos.
    Desde não convocação de novos policiais (por concurso) , Não valorização do trabalho deles por aumento de salarios e Plano de Cargos, sucateamento da frota e dos equipamentos e outra ingerencias.
    A seguir deixo o link das reivindicações deles.
    E o link dos Congressistas que estão apoiando tel iniciativa.

    Sobre a Crise na pf:

https://docs.google.com/file/d/0B1-dzl28p0VnRnduY3REbW1RTTA/edit?usp=docslist_api

     Sobre os congressistas apoiadores :


https://docs.google.com/file/d/0B1-dzl28p0VnMVFnamtSa1VaMEE/edit?usp=docslist_api

               Nota  Pessoal:

     Isso é muito grave pois o fato do Governo não ser obrigado a  promover os
funcionários que atuam por mérito.
     Abre uma possibilidade de se promover os não competentes para favorecer a corrupção e desvios....
    Alem de se usar a PF para perseguir os que não seguem a cartilha do poder em questão....
    APOIEM ENVIANDO E RETUITADANDO para seus parlamentarem essa pagina ou os tuiter que citei aqui....
   NGB


domingo, 13 de abril de 2014

O preço da cura da Hepatite C

Isto é
O preço da cura da Hepatite C
Apontada como a mais eficaz até agora, a terapia com sofosbuvir pode chegar a mais de R$ 184 mil. OMS pede redução do custo Mônica Tarantino (monica@istoe.com.br)
Uma pílula que custa quase US$ 1 mil por dia é a mais nova e potente arma para curar a hepatite C. O sofosbuvir (nome comercial Sovaldi), da americana Gilead Sciences, eleva as chances de cura da doença, reduz o tempo de tratamento e poupa os pacientes dos intensos efeitos colaterais produzidos pela combinação de remédios atual para tratar a enfermidade, como cansaço e dores articulares. "As taxas de cura com o uso do sofosbuvir sobem de 60% para cerca de 98%", garante o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcellos, em São Paulo.
VITÓRIA
Ewerton é um dos primeiros brasileiros a ganhar na Justiça o direito ao remédio
Outra vantagem é que a droga pode dispensar o uso do interferon no início do tratamento, o que beneficia especialmente os pacientes que não toleram essa medicação (cerca de 10%). Por fim, diminui de um ano para três meses o tempo de tratamento. "Os estudos mostram que o sofosbuvir é eficiente contra os cinco subtipos do vírus. É uma revolução no tratamento", diz o infectologista. Outro remédio que age de maneira semelhante -- ambos neutralizam uma proteína fundamental para a replicação do vírus --, o simeprevir, está disponível nos EUA desde o final do ano passado.
Mas há um problema sério com esses super-remédios: o preço. O custo do uso do sofosbuvir por três meses (tempo do tratamento) é de US$ 84 mil (cerca de R$ 184 mil). O feito com o simeprevir, de US$ 66 mil (R$ 144 mil). A associação de ambos, recomendada em pesquisas para casos resistentes, custa US$ 150 mil (R$ 328 mil). Há protestos para pressionar os fabricantes a baixarem o preço. Na última semana, a Organização Mundial da Saúde lançou um apelo nesse sentido e diretrizes de uso dos remédios. "Espero que as orientações promovam uma redução no preço", disse Stefan Wiktor, que lidera o programa de hepatite da entidade. A OMS sugere opções como descontos diferenciados, o licenciamento voluntário dos remédios pelo fabricante para a indústria de genéricos e até mesmo o licenciamento compulsório (o governo rompe a patente).
No Brasil, multiplicam-se as ações judiciais para a obtenção do remédio. "Isso é necessário porque o custo torna a terapia inacessível para a maioria dos infectados", diz o advogado Julius Conforti, de São Paulo, especializado em saúde. O consultor Ewerton de Castro Filho, 33 anos, de Brasília, é um dos primeiros vitoriosos. "Teria de tomar remédio no hospital e sofreria com os efeitos colaterais. Com a droga, farei a terapia em casa e continuarei trabalhando.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

#QUEROoUTRAPOLICIA O luto no aniversário da Polícia Federal



O luto no aniversário da Polícia Federal

De um Policial Federal:
Ontem, 28 de março, a Polícia Federal completou 70 de história. Como todo órgão ligado à defesa ou segurança, nem sempre com passagens lembradas com orgulho, lembranças de belos serviços prestados. Mas tudo ligado ao momento histórico vivido por nossa sociedade, um fotografia de cada época.
Eis que nestas 7 décadas, provavelmente nunca o órgão esteve tão cabisbaixo, tão sem ânimo, tão apático. E isso ficou claro em cerimônia realizada na Academia Nacional de Polícia, em Brasilia, durante o Curso de Formação de policiais, peritos e delegados.
Durante a cerimônia, o corpo de instrutores das atividade reconhecidamente específicas de polícia - Armamento e Tiro, Técnicas operacionais e Educação Física, responsável pelas técnicas de defesa pessoal - funções essas que sempre mostraram o orgulho de ser policial, policial federal, e de ser professor, silenciaram durante a execução do Hino do DPF, que apesar de não possuir os versos mais belos, sempre encheu de orgulho aqueles que amam a atividade e, principalmente, aqueles que aguardam ansiosamente por sua nomeação no DPF, o início de sua nova vida.
Cabeças baixas, ombros arqueados para frente, mostraram o peso de se exercer uma atividade, ou melhor, duas, que são essenciais a qualquer povo mas pouco ou nenhum respeito recebem. E neste caso específico nem dentro da própria instituição, que vem a largos passos se encaminhando para o fim, por conta de uma política de segregação e do combate à toda e qualquer tentativa de profissionalização de gestão, modernização e produtividade. Não há orgulho onde não há respeito.
Talvez esses professores-policiais não tenham noção da amplitude de seus atos. Talvez não lembrem dos riscos que já correram em seu dia-a-dia - como perder o emprego, ser ferido, ser morto - das horas longe da família, das dores passadas para se tornarem policiais e posteriormente professores destas atividades. Provavelmente nem percebam a importância de sua função naquele momento - a de PROFESSOR - e que por isso são alvo do duplo descaso e desvalorização dessas atividades: um professor de polícia. Somente um louco! Parece uma dupla maldição apenas. 
Mas ali não estava apenas a tristeza de um grupo, estava a derrocada da sociedade brasileira. Sem professores - elemento importante na construção de uma sociedade - não há policiais que deem conta de organizar a coletividade. Aliás, nem policiais se terá, somente capangas. Sem ambos, não há um pais. De toda sorte, este silencioso manifesto mostra a penúria em que se encontra a educação e a segurança pública no Brasil, e mais especificamente - certamente o motivo primeiro deste protesto - o esquecimento e abandono da Polícia Federal e de seus Policias (agentes, escrivães e papiloscopistas). Por tudo isso ali estava a vergonha, o pesar. 
Em função desse ato, certamente responderão disciplinarmente, pois policiais mostrarem descontentamento no Brasil chega a ser considerado crime - como é o caso das polícias militares - mas tenho certeza que a dor de cabeça que terão não apagará a força da imagem, além de não ter o poder de aquebrantar a alma e a honra desses bravos guerreiros, policiais e professores. E muito menos diminuir a sensação de representatividade, pois tenho certeza que muitos gostariam de estar ali, fazendo exatamente o que fizeram
Não bastasse tudo por que passa a polícia no Brasil, para "comemorar" esse aniversário do DPF, mais um policial dá fim à própria vida, no interior de São Paulo. Um não, dois, pois um Policial Civil do Distrito Federal se jogou de sua janela na mesma data. Foi esse o presente sinistro recebido pelos Policiais Federais.

O vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=Gw0vouy_HBc&feature=youtube_gdata_player


http://querooutrapolicia.blogspot.com.br/2014/03/o-luto-no-aniversario-da-policia-federal.html?spref=tw&m=1


quarta-feira, 9 de abril de 2014

#Alzheimer's Information and Help BYAlzheimer's Reading Room

Alzheimer's Reading Room
The Alzheimer's Reading Room is the number one source of life news for the entire Alzheimer's Community.
 

The Profound Innate Joy of Human Life - Alzheimers or Not


His extreme joy to see me and his intense love for the little stuffed animal affected me to my core, and I realized that people with Alzheimer's have the capacity to experience joy.




The goal of the Alzheimer's Reading Room is to Educate, sometimes Entertain, and Empower Alzheimer's caregivers, their families, and the entire Alzheimer's community.

Por um #PlanoNacional de #Educaçãoinclusivo - Artigo de Toni Reis hoje Gazeta do Povo -

Toni Reis 8 de abril de 2014 11:25
Por um Plano Nacional de Educação inclusivo - Artigo de Toni Reis hoje publicado no Gazeta do Povo -

Por um Plano Nacional de Educação inclusivo

Publicado em 08/04/2014 | Toni Reis
Após vários adiamentos, uma comissão especial da Câmara dos Deputados deve votar hoje o projeto de lei do Plano Nacional de Educação para os próximos dez anos. Entre outras disposições inclusivas, o artigo 2.º da versão do projeto enviada pela Câmara para apreciação pelo Senado – que, inclusive, se baseou nas deliberações democraticamente elaboradas e aprovadas pela Conferência Nacional de Educação de 2010 – prevê: “São diretrizes do PNE (...) a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual e na erradicação de todas as formas de discriminação”. Esta versão do projeto também prevê a flexão de gênero em sua redação (ex. os/as professores/as) com vistas à promoção da igualdade de gênero.

Contudo, o Senado aprovou um substitutivo com alterações. O artigo 2.º perdeu a exemplificação dos tipos de discriminação mais comuns, mantendo apenas a disposição genérica contra “todas as formas de discriminação”. Isto apesar dos achados de várias pesquisas em relação à discriminação no ambiente escolar, como a da Fipe/MEC/Inep, que revelou que as atitudes discriminatórias mais elevadas se relacionam a gênero (38,2%), orientação sexual (26,1%), étnico-racial (22,9%) e territorial (20,6%). Esses dados indicam precisamente por que a versão original do artigo 2.º do projeto tem a redação acima.

Na sociedade em geral, essas atitudes se extrapolam além da mera discriminação: 26% dos brasileiros acham que mulher de roupa curta merece ser atacada, segundo o Ipea; em 2010 houve 34.983 homicídios de pessoas negras no país. Em 2012, o governo federal recebeu 9.982 denúncias de violação dos direitos humanos de pessoas LGBT. Esses dados apontam para a premente necessidade de especificar e enfrentar essas e outras formas de discriminação. Este processo precisa começar por um sistema de educação inclusiva.
Em relação à reflexão de gênero, o substitutivo do Senado requer a “supressão, em todo o texto, da flexão de gênero, adotando a forma genérica masculina”. Essa disposição perpetuará o machismo. E mais: insistir em usar apenas a forma masculina é um desrespeito às mulheres, que são a esmagadora maioria dos/das profissionais de educação no Brasil.

Há quem já tenha declarado publicamente, em relação ao PNE, que a mulher tem de permanecer numa condição inferior e subordinada ao homem. Outros veem nas disposições propostas no PNE acerca de gênero e orientação sexual uma afronta à instituição da família, porque se recusam a enxergar a realidade das múltiplas formas de família, identificadas inclusive pelo último censo.

É preciso fazer cumprir o que a Constituição estabelece: que todas as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, que a educação é um direito de todos e todas, devendo ser garantida a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, e que tanto o Estado quanto a educação pública são laicos. Acima de tudo, é nestes princípios que a proposta original do PNE se baseou na tentativa de garantir a educação inclusiva. Isto deve ser respeitado e sua redação original deve ser mantida, se queremos acabar com o triste quadro de desigualdade, discriminação e homicídios retratado acima.

Toni Reis, doutor em Educação, é membro integrante dos fóruns Nacional, Estadual (Paraná) e Municipal (Curitiba) de Educação.

fonte http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1460400&tit=Por-um-Plano-Nacional-de-Educacao-inclusivo


Câmara de Vereadores de Itaquaquecetuba (SP) deve votar hoje projeto de lei que institui o Dia Municipal Contra Homofobia

Câmara de Vereadores de Itaquaquecetuba (SP) deve votar hoje projeto de lei que institui o Dia Municipal Contra Homofobia


A Câmara de Vereadores de Itaquaquecetuba vai colocar em votação o projeto que institui o Dia Municipal contra a Homofobia em 17 de maio. A proposta é do vereador Antonio Ivo Paiva Filho (PHS) , o Tonho da Quadra. A expectativa é que a matéria entre na ordem do dia hoje.


A parlamentar atendeu a um pedido do Fórum LGBT do Alto Tiete, uma vez que segundo o movimento, Itaquá tem índices preocupantes de casos de homofobia. Se o projeto for aprovado na câmara será a primeira cidade da região a ter esta data no calendário oficial.

E esta iniciativa em defesa dos direitos homoafetivos não deve ser a única neste ano. De acordo com o coordenador geral do Fórum LGBT, Gedilson dos Santos, em junho haverá uma semana de atividades, que inclui, entre outras ações, a sensibilização da GCM de como agir diante de atos homofóbicos.


Fonte:
Diário do Alto Tiete
Terça-feira, 8 de Abril de 2014
www.jornaldat.com.br
Folha 2
Coluna Tribuna













--
                           Gedilson dos Santos
                           Secretário 
                           Comitê Desportivo GLS Brasileiro
                           ONG Tod@S
                           Coordenador Geral do Fórum do Alto Tiete
                           secretario@cdgbrasil.org
                           ghe.santos@cdgbrasil.org
                           ciadasbencaos@hotmail.com

                           (11) 95215-3513
                           


O Comitê Desportivo LGBT Brasileiro – CDG BRASIL é uma organização não governamental brasileira, que tem como objetivo desenvolver atividades de caráter desportivo e recreativo em favor da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e seus simpatizantes, e na promoção à cidadania em favor da diversidade sexual, e afastar o preconceito no esporte. O CDG Brasil foi criado em julho de 2008, sediado na cidade de São Paulo/SP, com núcleos em cinco estados brasileiros. Em 2013, o CDG Brasil realiza a primeira edição dos Jogos Nacionais da Diversidade LGBT na cidade de São Paulo/SP.

Abraçar a diversidade é atender aos fãs do desportivo em todo o mundo.”

#CongressoemFoco vive a fase de maior audiência de sua história

08/04/2014

Destaques

Congresso em Foco vive a fase de maior audiência de sua história

Site acumula mais de 2 milhões de visitas desde o início do ano. Só em março, foram mais de 1 milhão Leia mais

Corregedoria e Conselho de Ética devem investigar André Vargas

André Vargas é suspeito de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef em negócios ilícitos. Youssef foi preso em operação da Polícia Federal realizada em março contra lavagem de dinheiro Leia mais

Em meio a denúncias, André Vargas pede licença da Câmara

Suplente não deve ser convocado para substituir Vargas, que pediu licença não-remunerada após revelações feitas pela imprensa sobre sua relação com doleiro Leia mais

Justiça envia inquérito sobre vice da Câmara ao STF

André Vargas tem foro privilegiado; por isso, parte da investigação que mostra relação com doleiro foi encaminhada para o Supremo Leia mais
 

André Vargas diz ser vítima de massacre midiático

Em nota, deputado petista disse que “massacre” é fruto de vazamento ilegal de informações Leia mais
 

Oposição protocola representação contra deputado petista

Partidos da oposição querem que deputado e doleiro sejam ouvidos e que Polícia Federal forneça documentos Leia mais
 

Romero Jucá vai dar parecer sobre CPIs da Petrobras

Comissão terá de decidir sobre questionamentos às CPIs da Petrobras. Presidente da CCJ marcou para amanhã análise das questões de ordem Leia mais

Seis motivos para opor servidores e governo, enumera Queiroz

“Irritação dos servidores faz todo sentido. Governo ainda tem tempo de atender justa pauta dos servidores e contar com o apoio deles na eleição” Leia mais
 

Ao consumidor, só resta orar e ser resistente, lamenta Feu Rosa

“No meio do embate entre a ganância e a inoperância, fica o pobre consumidor – a este, apenas resta orar e ser resistente!” Leia mais
 

Os acertos e as falhas do Sistema Único de Saúde

Para presidente do CRM-SP, SUS registrou avanços, apesar de distante do “ideal” e da corrupção Leia mais
 

Feliciano confessa ter usado cocaína e fala sobre sexo anal

Em entrevista à revista Playboy, deputado que causou polêmica no comando da Comissão de Direitos Humanos em 2013 conta experiência que teve com droga aos 12 anos Leia mais

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CLIPPING Saúde, Sexualidade & Afins 08/Abr./2014

CLIPPING

Saúde, Sexualidade & Afins

08/Abr./2014



Eu já conversei com meu filho hoje, e você? (Michelle Terra)

RBA


Pesquisa aponta que 70% dos estupros relatados em 2011 vitimaram crianças e adolescentes no Brasil


Nos últimos dias não ouvi falar de outro assunto. A campanha EU NÃO MEREÇO SER ESTUPRADA esteve presente em todas as redes sociais, jornais e contou, inclusive, com o apoio da presidente Dilma.


Eu já estava refletindo sobre esse tema desde que ouvi o deputado estadual Rafael Picciani, o Dr. Nelio Andrade e o radialista Francisco Barbosa debatê-lo em um programa da rádio Tupi, há cerca de um mês. Mas o debate era outro, e eu, por ser mãe, não consegui parar de pensar naquilo. O debate discorria sobre o número de casos de estupros de crianças e adolescentes, que aumentava vertiginosamente. E percebam, o assunto não estava baseado em dados, mas sim em números de casos reportados à rádio. Diante de todo o alvoroço causado pelos dados divulgados pelo IPEA, resolvi ler a pesquisa para tentar entender o contexto, até porque, toda vez que as feministas levantam uma bandeira, minhas intuições me pedem que eu estude os fatos antes de me posicionar.


Assim que iniciei minha busca pela pesquisa, obtive dois resultados: a própria pesquisa que tem o título "Tolerância social à violência contra as mulheres" e uma nota técnica intitulada "Estupro no Brasil: uma radiografia segundo os dados da saúde". Ambas foram publicadas em março de 2014, mas apenas uma ganhou notoriedade nacional. Embora o instituto tenha causado ainda mais polêmica ao publicar uma errata sobre os dados da pesquisa, a meu ver, isso só demonstra sua seriedade e comprometimento com a verdade. Sua validade não deve ser questionada. Apesar de eu ter minhas ressalvas sobre as intenções do alarde causado em torno do assunto "a roupa que eu uso", quero deixar claro que sou a favor da campanha, que concordo totalmente que nenhuma mulher merece ser estuprada, sob nenhuma circunstância!


Não vou discutir aqui a importância desses 26% ou dos antigos 65% dos entrevistados que causaram tanta indignação ao concordarem que mulheres com roupa curta merecem ser atacadas, até porque atacadas e estupradas são palavras diferentes com significados mais diferentes ainda, mas pretendo sim me indignar com o que me causou verdadeiro espanto: mais da metade dos casos de vítimas de estupro tinha idade inferior a 13 anos de idade, desta forma, 70% dos estupros relatados na pesquisa vitimaram crianças e adolescentes no Brasil, em 2011.


Os dados apontam algo ainda mais alarmante: mais de 70% dos agressores no caso de estupros de crianças são pessoas conhecidas, ou seja: pais, mães, tios, irmãos, vizinhos, padrastos, amigos... E que 79% das agressões ocorrem dentro de suas casas.


Em sua conclusão, os pesquisadores alertam: "Em 50% dos incidentes totais envolvendo menores, há um histórico de estupros anteriores".


Em uma entrevista ao programa No Safe Place, o psicólogo supervisor do presídio americano de Utah, Ron Sanchez, que trabalha apenas com estupradores condenados, afirma categoricamente que não há nenhum padrão feminino comum que os estupradores procurem. A variedade de suas escolhas não está relacionada necessariamente à roupa que as mulheres usam ou coisas do tipo. O que o psicólogo afirma reflete uma linha de pensamento que não está isolada, como afirma o coordenador do Serviço de Violência Sexual do Hospital Pérola Byington, Jéferson Drezett, que em uma entrevista afirmou que há 20 anos não vê mulheres vestidas de maneira provocante, com roupas curtíssimas, aparecerem como vítimas de estupro. Ele ainda complementa que 70% dos casos que teve ciência ocorreram quando estas mulheres faziam atividades absolutamente corriqueiras, como ir e voltar da escola ou do trabalho, o que nos leva minimamente a analisar os números e sua causalidade com um maior cuidado.


Como pedagoga, me perturba a lembrança dos casos que tive conhecimento no exercício de minha profissão, enquanto trabalhei com menores infratores viciados em crack. E eu sei muito bem o quão destruidor é o estupro na vida de uma criança. As consequências disso podem ser: estresse pós-traumático, transtornos de comportamento, depressão, fobias, abuso de drogas ilícitas, tentativas de suicídio e gravidez. A própria pesquisa afirma que os dados são absolutamente alarmantes, uma vez que as consequências psicológicas são devastadoras. O que mais me instigou sobre essa questão foi por que deram mais atenção ao acessório de uma pesquisa enquanto o ponto central da outra não ganhou o devido destaque?


Acredito que o mais importante é o papel dos pais na observação e orientação de seus filhos. Eles devem, principalmente, estar atentos às mudanças de comportamento e humor. É possível orientá-los para a prevenção! Esteja sempre atento ao óbvio, por exemplo, se ele apresenta infecções e dores na região genital e abdominal. Observe se ele demonstra um comportamento sexual explícito ou um conhecimento sexual que não condiz com sua faixa etária de desenvolvimento. Observe a forma como ele brinca, alguns abusos podem ser demonstrados através de desenhos, onde a criança ilustra genitálias (geralmente a do agressor). As crianças que sofrem algum tipo de abuso tendem a se isolar e podem demonstrar medo de adultos de um sexo específico, se mostrar agitada ou perturbada na presença de certa pessoa, também podem apresentar preocupação exagerada com a limpeza corporal. Em casos extremos, apresentam comportamento suicida e automutilação.


É assustador saber que pessoas próximas possam ser os algozes de nossos filhos. Mais assustador ainda é saber que apenas 10% dos casos aparecem nas estatísticas, pois em geral, além do abuso, as crianças são coagidas e ameaçadas a não contarem nada a ninguém. Esse é um assunto delicado, difícil de abordar, mas conversem com seus filhos, os ensinem a cuidar do próprio corpo e expliquem que devem desconfiar se alguém tentar tocá-lo, inclusive nas partes íntimas, e que se neguem se pedirem para tocarem no próprio corpo ou no de outra pessoa. Oriente-os a gritar ou correr caso sintam-se ameaçados. Olhem, vigiem, denunciem. Isso precisa parar agora!


Esse sim é um tema que inspira a urgência de uma campanha nacional: EU JÁ CONVERSEI COM MEU FILHO HOJE, E VOCÊ?


Então está tudo bem no país do ‘estupra mas não mata’?

Correio do Brasil


Antonio Lassance - é cientista político e pesquisador do IPEA


O IPEA errou. Errou, assumiu o erro e pediu desculpas, esclarecendo:


“Vimos a público pedir desculpas e corrigir dois erros nos resultados de nossa pesquisa ‘Tolerância social à violência contra as mulheres’, divulgada em 27 de março. O erro relevante foi causado pela troca dos gráficos relativos aos percentuais das respostas às frases ‘Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar’ e ‘Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas’”.


Resumindo, os dados de uma pergunta eram, na verdade, referentes a uma outra questão.


O Instituto comete erros. Não é o único. O IBGE, o Banco Central, o INEP e todos os outros órgãos responsáveis por divulgar dados, todos, sem exceção, vez por outra são obrigados a publicar erratas em suas publicações, retificando ou o número em si, ou títulos de tabelas, ou outros tipos de informação.


Embora o erro faça parte do trabalho de qualquer pesquisador, e rotinas de validação existam para diminuir sua ocorrência, o fato é que a cobrança da sociedade sobre um erro é bem vinda e deve ser enfrentada com humildade.


Para começar,  é preciso reconhecer que o erro do IPEA foi maior por conta da repercussão nacional e até internacional que o dado incorreto alcançou.


Isso caiu como uma bomba sobre a cabeça dos jovens pesquisadores responsáveis pelo estudo, que são pessoas sérias. Sempre mereceram e vão continuar merecendo o respeito pelo trabalho que realizam há muitos anos na instituição.


O erro do IPEA está corrigido. Mas e o erro de quem, desavisadamente, acha que, desfeita a troca dos números, agora está tudo bem? Não, senhoras e senhores, não está tudo bem.


Se está tudo bem, por que será que o número de estupros no país está crescendo e já superou o de assassinatos, conforme informação do mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública?


Está tudo bem, então, no país do “estupra, mas não mata”? Será? Mesmo com mais de 50 mil mulheres estupradas em 2012, número mais de 18% superior ao de número 2011, agora podemos ficar tranquilos?


Detalhe: o número absurdo de estupros não considera os casos em que as vítimas deixam de relatar o ocorrido – por vergonha, por medo da reação da família, por receio de que alguém ache que elas não souberam “se comportar”.


O dado de estupros em 2013 vem aí. Quem fará a piada? Quem vai curtir com isso?


Desde que a Lei Maria da Penha entrou em vigor, em 2006, o número de agressões contra mulheres, relatadas ao serviço “Ligue 180”, cresceu 600%.


A cada hora, duas mulheres, vítimas de abuso, dão entrada em unidades do Sistema Único de Saúde. Alguém ainda acha pouco?


Está tudo bem no país que concorda que, “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”? Há quem diga: “Ora, bolas! Isso é só um dito popular, como outro qualquer”. Sim, um dito popular como “serviço de branco”. Só um dito popular?


Está tudo bem no país que acha que a mulher que é agredida e continua com o parceiro é porque gosta de apanhar?


O IPEA errou, mas quem comemora o erro está redondamente enganado.


Cúmplices da violência (Miriam Goldenberg)

Folha de SP


As mulheres são acusadas de serem responsáveis pela violência física, psicológica e simbólica que sofrem


É impossível não comentar a celeuma provocada pela pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).


O instituto afirmou, entre outros resultados, que 87,8% dos pesquisados concordam (total ou parcialmente) que "toda mulher sonha em se casar"; que "os homens devem ser a cabeça do lar" (63,8%); que "uma mulher só se sente realizada quando tem filhos" (59,5%); que "se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros" (58,5%); que "tem mulher que é para casar, tem mulher que é para cama" (54,9%) e que "a mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo quando não tem vontade" (27,2%).


As mulheres foram a maioria dos 3.810 pesquisados (66,5% da amostra). O mais chocante foi constatar que grande parte das pesquisadas concordava com frases estereotipadas, preconceituosas e violentas contra as mulheres.


Apesar das críticas à amostra, à metodologia e à forma como as perguntas foram feitas --e do fato de o Ipea ter errado e afirmado que 65,1% dos pesquisados concordam que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas" (e não 26%, como corrigiu posteriormente)--, o acalorado debate foi importante para refletir sobre a cultura da violência existente no Brasil.


Tomara que os graves problemas da pesquisa não enfraqueçam a necessária discussão sobre a violência contra a mulher brasileira.


A realidade cotidiana de inúmeras brasileiras pode ser ainda mais preconceituosa, cruel e violenta do que aquela que foi mostrada pela pesquisa do Ipea.


É inegável que muitas mulheres ainda aceitam que um homem (ou outra mulher) controle seu corpo, comportamento, sexualidade e roupa. Aquelas que não se comportam ou não se vestem "adequadamente" são estigmatizadas socialmente, apesar de ninguém saber qual é o tamanho "adequado" da saia, do decote ou do biquíni que uma mulher brasileira deve usar para ser respeitada.


Elas são frequentemente acusadas de serem responsáveis pela violência física, psicológica e simbólica que sofrem.


Será que, após tantas polêmicas, as mulheres que endossam essas ideias preconceituosas perceberam que estão reproduzindo posturas de submissão feminina e sendo cúmplices da violência que elas também sofrem?


MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de "A bela velhice" (Ed. Record)


“O Brasil está às vésperas de uma epidemia de câncer”

BBC Brasil


No Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, celebrado nesta terça (8), a afirmação do oncologista Carlos Barrios é menos para causar pânico – se é que isso é possível – e mais para fazer com que o País responda a um questionamento crucial para o enfrentamento da doença. “A pergunta é: ‘quanto vale a vida com câncer no Brasil’?”, questiona o médico, que é membro do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama.


Em dez anos, o câncer será a primeira causa de morte no Brasil, consequência da detecção tardia da doença, da demora para início do tratamento e da falta de acesso à medicação avançada


57 mil mulheres devem ser diagnosticadas com câncer de mama no Brasil em 2014


O Relatório Mundial do Câncer 2014, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de novos casos pule de 14 milhões em 2012 para 22 milhões em 2030. Mais de 70% das mortes pela doença acontecem em países em desenvolvimento, onde a detecção tardia, a demora em iniciar o tratamento e a falta de acesso a medicamentos de última geração explicam boa parte dos óbitos. No Brasil, em dez anos o câncer será a primeira causa de morte – hoje é a segunda, responsável por 15,6% dos óbitos, atrás das doenças cardiovasculares, como infarto e hipertensão.


Se o crescimento da incidência é um fato, o problema é a falta de estrutura para enfrentar essa epidemia, pondera Barrios. “O câncer é uma doença que pode ser curada, pode ser controlada. Nos países desenvolvidos, apesar do aumento da incidência, a morte tem caído. Aqui, crescem as duas coisas”.


Especialista: O maior desafio é tratarmos é tratarmos os cânceres comuns


Um exemplo típico é o câncer de mama. No Brasil, no ano 2000, a doença matava nove a cada cem mil mulheres. Em 2011, o número subiu para mais 11,9. Um movimento na contramão do mundo desenvolvido, em que a chance de cura para esse tipo de tumor chega a 90%. Por aqui, o porcentual é de cerca de 50%.


“O câncer daqui não é pior do que o de lá. A diferença é de que lá há diagnóstico precoce e acesso rápido a atendimento, o que não acontece por aqui”, afirma Maira Caleffi, mastologista e presidente da Femama, Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama


Quanto vale uma vida?


No Brasil, explica Maira, apesar de desde o ano passado a lei prever que o atendimento a pacientes com câncer deve ser iniciado em até 60 dias após o diagnóstico, o prazo não é cumprido no Sistema Único de Saúde (SUS), que atende a cerca de 75% da população. “No SUS, demoram 180 dias entre a detecção e o início do tratamento do câncer de mama. Imagina o que esses seis meses significam na diminuição da chance de cura.”


Isso sem contar o acesso limitado e atrasado às opções de tratamento, explica Barrios. Em pacientes com câncer de mama com metástase – que tem menor incidência, mas é muito mais agressivo -, há uma medicação específica, a Trastuzumabe, que é curativa. “O potencial remédio foi descoberto em 2005, mas a droga só ficou disponível no SUS em 2012. Nesse período de tempo, entre 5 a 6 mil mulheres morreram por falta de acesso a esse medicamento”, diz o médico.


Nesse período, Barrios afirma, os convênios foram obrigados pelo próprio governo a oferecer o tratamento com a droga, que é cara, mas as pacientes da saúde pública se mantiveram à margem. “É uma discrepância absurda. O médico deve prover prescrições diferenciadas frente a um mesmo diagnóstico para uma paciente do SUS e para uma de saúde suplementar, uma vez que o SUS não fornece o medicamento necessário?”


Sem garantia, resta à mulher procurar a Justiça, como fez Rita de Cássia, de Porto Alegre. Ela descobriu o câncer em 2012, quando tinha 39 anos. Fez a cirurgia de retirada de mama, quimioterapia e radioterapia. No ano passado, foi necessário substituir uma medicação por outra que seria a única eficaz para o seu caso, mas que não fazia parte da lista de medicamentos fornecidos pelo SUS. “Precisei acionar a Justiça, comprovar com muitos laudos e justificativas de que era a única medicação e de que eu não poderia arcar com o custo. Foi muito desgastante porque o procurador achava que era muito caro e eu morreria de qualquer forma.”


Decidir ou não investir no tratamento de Rita e de outras milhares de mulheres em sua situação, afirma o oncologista Carlos Barrios, depende de incluir todas as partes envolvidas no processo - administração pública, sociedade civil, sociedades médicas e indústria farmacêutica - para responder a um único dilema ético: "Quanto vale uma vida? Quanto estamos dispostos a investir para manter viva uma pessoa com câncer?"


O crack e a aids

Jornal do Commercio-PE


Já se disse, com alguma propriedade, que o crack é o mal do século , não só pela sua ação devastadora sobre o organismo, mas ainda pelos danos colaterais que ocasiona. Uma mostra desse cenário é a pesquisa nacional realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, (Fiocruz) constatando que as mulheres usuárias de crack correm risco maior de contrair aids do que as não usuárias. A pesquisa é contundente: quase todas as usuárias de crack são portadoras de tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis.

Eis aí uma questão catastrófica de saúde pública, para a qual ainda não foram definidas ações emergenciais e de médio e longo prazos com a visibilidade que o problema exige. A pesquisa não é apenas um estudo que pode ser expresso em gráfico, ou retrato de uma época, ela lança mais luzes sobre um tsunami social a caminho e desde já revela um quadro de degradação com futuro certo e sabido, em que todos viciados e sociedade em geral são vítimas.


O que agrava ainda mais o que foi posto pela Fiocruz é a evidência de que o vício do crack é um mal superior às epidemias de febre amarela e varíola que foram enfrentadas e vencidas pelo patrono da Fundação, há exatamente um século. Como se sabe, Oswaldo Cruz utilizou duas táticas bem sucedidas: mobilizou batalhões de mata-mosquitos para erradicar os focos de insetos e convenceu o governo a decretar a vacinação obrigatória. Significa dizer: os vetores foram identificados, combatidos, e ficaram, para as gerações subsequentes, as fórmulas, as recomendações e os meios necessários para controlar epidemias. Diante do crack, que batalhões estão sendo mobilizados, que vacina está sendo aplicada?


Não se pode dizer que os poderes públicos estão de braços cruzados diante desse mal do século , mas é possível levantar dúvidas sobre a dimensão e a celeridade das táticas para impedir o tsunami que se forma. O tamanho das ações não tem a visibilidade que tem o núcleo do problema, o crescimento do vício, sua expansão nos grandes centros, a transformação de terrenos baldios e ruas em focos de zumbis, brasileiros e brasileiras de todas as idades que estão excluídos da cidadania, de todos os direitos e todos os deveres sociais.


Mutatis mutandis, mudando-se o que tem que ser mudado, para um enfrentamento severo do mal deste século não seria exagero clamar-se por outro Oswaldo Cruz, com medidas tão rigorosas quanto as que ele adotou para vencer as moléstias do começo do século passado. Pois se assim não se fizer, se o problema não for encarado com rapidez e profundidade, detalhes de um grande painel mórbido como esses que a Fiocruz revelou podem se transformar em muito pouco tempo em um mal maior, para o qual os governos terão que tirar dinheiro de outras ações como mais escolas, geração de trabalho, melhoria da qualidade de vida de todos, em todas as áreas para conter essa doença social, fazendo muito mais difícil o processo de erradicação do mal.


O sofrimento dos bebês (Ruth Guinsburg)

Folha de SP


RUTH GUINSBURG, 55, é professora titular de pediatria neonatal da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo e coordenadora do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria


Se há diálogo e os subsídios médicos são explicados para a gestante, facilitando a tomada conjunta de decisão, o desfecho pode ser menos traumático


O Brasil perde por dia cinco bebês saudáveis, sem malformações, por asfixia ou problemas relacionados ao parto. Entre 2005 e 2010, o país registrou 24.210 óbitos neonatais de bebês potencialmente viáveis, ou seja, que não eram nem muito prematuros nem muito pequenos.


Com assistência pré-natal, cuidado adequado durante o parto e presença de pediatra capacitado para atender o bebê logo após o nascimento, grande parte dessas crianças teria sobrevivido. Não há relação direta entre essas mortes e o tipo de parto ao qual a gestante foi submetida --vaginal ou cesárea. Mas há indicações objetivas para cada caso.


A gestante forçada a fazer uma cesárea no Rio Grande do Sul há uma semana oferecia riscos absolutamente não desprezíveis a seu filho e a ela mesma, caso desse à luz por parto vaginal. Bons obstetras tentam parto vaginal depois de uma cesárea. Mas depois de duas, essa alternativa é quase sempre desconsiderada. Era o caso daquela gestante. O risco de rotura uterina era real. O seu filho estava saindo da fase de termo (42 semanas), e bebês pós-maduros têm maiores chances de asfixia.


A médica que acionou o Ministério Público para garantir que a mãe fosse submetida a uma cesárea considerou que tinha o dever ético de salvar duas vidas. Ela agiu do modo que entendeu ser menos lesivo à mulher e à criança, embora essa não fosse a opinião da mulher, e a criança não tivesse autonomia para decidir.


Em muitos casos similares, parece haver um muro entre a família e a equipe médica. O diálogo é precário, e a decisão acaba não sendo embasada nas condições precisas do parto. Se os riscos são suficientemente esclarecidos, se há diálogo e os subsídios médicos são explicados para a gestante, sua família e rede de apoio, facilitando a tomada conjunta de decisão, o desfecho pode ser menos conflituoso.


A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que, para cuidar da saúde materna, o país precisa ter pelo menos 15% de cesarianas. Os países que registram índices inferiores a este têm mortes maternas evitáveis. É o que acontece em regiões africanas e no sudeste asiático, onde o procedimento é praticamente indisponível em condições adequadas.


A OMS avalia que, do total de partos realizados num país, 15% a 30% devem ser cesarianas. No Brasil, o procedimento é adotado em 55% dos casos no sistema público e em 80%, no privado.


É verdade que é preciso diminuir esses índices absurdos, mas o raciocínio não pode ser radical. O argumento de que cesarianas favorecem planos de saúde não é tão consistente quanto uma abordagem cultural. Um bebê cujo parto foi problemático pode ter de ficar ao menos sete dias na UTI, implicando custos mais elevados do que aquele recém-nascido que em dois dias pode ir para casa com a mãe.


No entanto, difundiu-se no país o hábito exagerado da cesárea eletiva, na qual os pais marcam a data de nascimento de seus filhos arbitrariamente. A mulher brasileira em idade fértil acredita que pode escolher como se dará o parto, quando na verdade são suas condições biológicas que deveriam determinar o procedimento. A princípio, todo parto deve ser vaginal, mas com a gestação vai se vendo riscos e benefícios.


Além da imprecisão para se calcular a idade de gestação--o que implica um risco de prematuridade evitável--, a entrada em trabalho de parto libera sinais fisiológicos que desencadeiam a maturidade de vários órgãos e sistemas do bebê, em especial do sistema respiratório.


Existem métodos para identificar se há sofrimento do bebê e se há necessidade de se realizar uma cesárea. Em casos como o do Rio Grande do Sul, o diálogo mais efetivo entre a equipe médica, a gestante, a família e sua rede de apoio permitiria um desfecho que, embora pudesse ser o mesmo em termos de via de parto, fosse menos traumático a todos os envolvidos.


Evidências científicas e direitos das mulheres (Simone G. Diniz e Priscila Cavalcanti)

Folha de SP


O caso evidencia violações do código de ética médica como a falta de consentimento da gestante sem que houvesse iminente risco de morte


Adelir, 29 anos, queria muito um parto vaginal, o que não foi possível com seus dois primeiros filhos. Desta vez, teve o apoio de uma doula, do marido e dos movimentos sociais que democratizam a informação baseada em evidências científicas e em direitos das gestantes.


Descobriu que, em outros países, uma mulher com uma ou mais cesáreas pode ter um parto vaginal, assim como as que têm um bebê sentado, como o seu, e que existem protocolos para esses casos. Descobriu que, no Brasil, a maioria dos profissionais desconhece tais protocolos e acredita que essas são indicações absolutas de cesárea.


No dia 31 de março, ela procurou o hospital, onde confirmou que o bebê estava bem, assinou um termo de responsabilidade e preferiu ter o trabalho de parto em casa. Sabia que se chegasse ao hospital antes de o parto estar avançado, seria forçada a uma cesárea. A médica que a atendeu, inconformada, argumentando com a "defesa da vida do nascituro", procurou o Ministério Público, que acionou a Justiça. Determinou-se que policiais armados buscassem Adelir em sua casa de madrugada e a conduzissem à força ao hospital para ser submetida à cesariana.


Por que o desejo de ter um parto vaginal provoca tanto horror nos profissionais de saúde e por que a enorme maioria deles adere ao modelo da cesárea de rotina? Na formação dos profissionais, assim como na cultura sexual-reprodutiva brasileira, com forte viés religioso e misógino, o parto vaginal é considerado insuportável, arriscado, danoso à sexualidade e, por muitos, primitivo, nojento, vergonhoso, indigno, a ser evitado sempre que possível.


Talvez isso explique por que no Brasil, na assistência ao parto vaginal, permaneçam procedimentos obsoletos como a episiotomia (corte da vagina), o uso de drogas para aceleração do parto sem protocolos de segurança, a manobra sobre o útero para forçar a saída do bebê, além da imobilização em posições antifisiológicas. Isso sem mencionar as várias formas de abuso e violência enfrentadas por um quarto das parturientes (e mais da metade das mulheres com aborto incompleto).


Considerando os setores público e privado, apenas uma entre seis mulheres consegue ter acompanhantes no parto conforme a lei. A falta de continuidade do cuidado e de privacidade são a regra, especialmente no setor público. Movimentos sociais denunciam: "Chega de parto violento para vender cesárea".


O caso tem repercussão internacional por expor o inaceitável desrespeito ao direito à autonomia da gestante, à privacidade, à legalidade, à não-violência e a tratados internacionais. Ele evidencia violações do código de ética médica como a falta de consentimento da gestante sem que houvesse iminente risco de morte. A juíza que concedeu a liminar irreversível o fez baseada em laudo passível de contestação.


Triste, o caso traz ao menos a oportunidade de diálogo sobre a assistência ao parto, as evidências científicas e os direitos das mulheres.


SIMONE G. DINIZ é professora de saúde materno-infantil na Faculdade de Saúde Pública da USP


PRISCILA CAVALCANTI é membro da ONG Artemis, que busca erradicar a violência contra mulheres


Brasil é o terceiro país do mundo com mais conflitos ecológicos

O Globo


Segundo levantamento global, busca por recursos naturais prejudica comunidades tradicionais Posição do país no ranking seria explicada pela abundância de projetos de infraestrutura relacionados ao meio ambiente


RIO - A exploração mineral, o desmatamento e a disputa por terras e água estão entre os maiores motivos de conflitos ambientais do mundo, segundo um levantamento internacional divulgado recentemente pela ONG Ejolt (Environmental Justice Organizations, Liabilities and Trade) e coordenado pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB). Os pesquisadores identificaram 945 casos em 78 países. Empatado com a Nigéria, o Brasil foi o terceiro colocado no ranking, com 58 casos, atrás apenas da Índia (112) e da Colômbia (77).


Os conflitos do país, segundo o Atlas Global de Justiça Ambiental, estão ligados à abundância de projetos de infraestrutura relacionados ao meio ambiente. São obras, como a construção de hidrelétricas, que dividem ativistas e empreiteiras; e o setor agrícola, cujas plantações invadem unidades de conservação.


- O crescimento da população mundial provocará uma busca cada vez mais intensa por commodities, e o Brasil, que é rico em terra, água, petróleo e minérios, será um alvo - descreve Leah Temper, coordenadora do Atlas. - E este recursos estão em terras ocupadas por indígenas, quilombolas e pequenos agricultores. Estes grupos serão os mais afetados.


Entre os conflitos ecológicos brasileiros estão episódios de grilagem para especulação imobiliária e a disputa por regiões que poderiam receber projetos como barragens hidrelétricas. São instalações que ampliam a geração de energia por uma matriz energética considerada limpa, mas que provocam alto impacto ambiental no local de sua construção.


Falhas na legislação


Apesar do processo de industrialização nacional ter catapultado nas décadas passadas, as exportações do Brasil são altamente dependentes de produtos do setor primário. Em 2012, metade dos produtos comercializados para outras nações vinham do agronegócio - carne, soja, etanol, por exemplo - e outros semiacabados, entre eles alumínio e aço bruto. O potencial econômico do campo leva extrativistas a se aventurarem em reservas indígenas.


Professor de Direito Ambiental da Fundação Getúlio Vargas, Rômulo Sampaio lembra que a exploração de commodities sempre gera disputa de interesses.


- O petróleo, por exemplo, provoca interesses nacionais, conservacionais e do mercado privado - destaca. - No campo, o problema fundiário torna o conflito ainda mais agudo, devido à desigualdade na distribuição de propriedades.


Sampaio atribui os dilemas ambientais e suas consequências sociais a falhas graves na legislação.


- Não há uma discussão sobre como lidar com os conflitos - condena. - Falta uma orientação, uma política pública. O debate só aparece na hora de implementação de cada projeto. Por isso, aumenta o número de ações no Judiciário.


A Fiocruz realiza, desde o ano passado, um catálogo sobre injustiças ambientais no Brasil. O órgão foi uma das fontes do mapeamento da UAB e, em trabalhos independentes, destaca os danos à saúde coletiva provocados pelos conflitos ecológicos. Nas grandes cidades, moradores no entorno de lixões estão sujeitos a doenças respiratórias, dengue e leptospirose.


Já a atuação da indústria em áreas próximas a rios leva à alteração do ciclo reprodutivo da fauna, a doenças cardíacas e à insegurança alimentar.


- Analisamos denúncias de problemas de saúde causados por conflitos ecológicos, como a contaminação de rios por agrotóxicos - revela Marcelo Firpo Porto, professor do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, da Escola Nacional de Saúde Pública. - As doenças estão ligadas à degradação dos ecossistemas.


Em seu novo mapeamento, a Fiocruz já identificou 450 casos de conflito ecológico no Brasil.


- Levamos ao mapeamento da UAB os casos mais emblemáticos, relacionados ao comércio internacional - conta. - Mas conhecemos muitas outras ocorrências, de âmbito regional ou nacional.


No Rio, por exemplo, a Zona Oeste registra dois casos que seriam atentados à justiça ambiental. O polo industrial de Santa Cruz já provocou emissões de uma poeira de ferro e carbono, que causa danos ao aparelho respiratório.


Na Barra da Tijuca, moradores de comunidades vizinhas à Vila do Autódromo são ameaçadas de remoção devido à especulação imobiliária. A região receberá instalações para os Jogos Olímpicos. Segundo a Fiocruz, alterações já realizadas pelo assoreamento de recursos hídricos no local pioram a qualidade de vida da população.


Para Sampaio, as comunidades urbanas e rurais têm em comum a falta de mobilização, que permite a sobrevivência de problemas seculares.


- Não existe uma organização social entre as comunidades menos favorecidas, o que prejudica sua representatividade - assinala.


Leah, que está à frente da organização do Atlas, reconhece que o mapeamento ainda tem um longo caminho para percorrer. Nesta primeira edição, o trabalho contou com a adesão de 23 universidades e ONGs de justiça ambiental de 18 países.


'Dívida ambiental'


O levantamento não chegou a regiões expressivas do planeta, como a China, a Ásia Central e o Oriente Médio.


- Temos muitos lugares em branco no mapa - reconhece. - Mas, agora que ele é público, vamos convidar pesquisadores e ativistas dessas regiões para documentar outros conflitos e expandir o nosso conhecimento.


A coordenadora do Atlas, no entanto, assegura que a iniciativa já confirma um padrão histórico.


- O Hemisfério Sul continua suprindo as nações desenvolvidas com manufaturas de baixo preço e pagam um alto preço ecológico. As nações ricas têm uma "dívida ambiental" - analisa.


MPF pode investigar planos (Cláudio Humberto)


O Ministério Público Federal (MPF) avalia abrir inquérito sobre contrabando na Medida Provisória nº 627, um primor da bandalha nacional que livra os planos de saúde de pagar multas por descumprimento de contrato. Com a mudança, a operadora que comete de duas a 50 infrações semelhantes, pagará multa correspondente a apenas duas. E fica dispensada de corrigir a atitude, cruel e criminosa, de ignorar contratos.


O MPF terá de pedir licença ao STF para investigar a suposta tramoia: o relator da MP 627 foi o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Agora, de 51 a 100 descumprimentos de contrato pelos planos de saúde, eles só terão de pagar o correspondente a apenas quatro infrações. Relatório recente da ANS mostra que de janeiro a agosto de 2013 apenas 20,7% das multas aplicadas a planos de saúde foram pagas. Como é frequente nesse tipo de esquema, o contrabando de planos de saúde foi incluído em MP de outro tema, para não chamar atenção.


Marco Feliciano concede entrevista à revista Playboy


Ele falou que antes de se converter chegou a experimentar drogas e também comentou sobre sexo anal

 


O deputado federal pastor Marco Feliciano concedeu uma entrevista para a revista “Playboy” falando de temas polêmicos: drogas e sexo.


O parlamentar evangélico contou que na adolescência experimentou drogas. Tentou fumar maconha, mas se engasgou. “Eu tentei maconha, mas engasguei, nunca consegui fumar nem cigarro”, disse ele.


Por outro lado ele experimentou cocaína. “Conheci a cocaína nos bailinhos, no fim dos 12 anos”, afirmou Feliciano que se tornou evangélico meses depois.


O deputado conta que sonha ser presidente do Brasil. Além disso, critica a ex-senadora Marina Silva. “Marina Silva é um engodo. Com aquele jeitinho de cristã, a roupa de crente, ela foi muito inteligente.”, disse.


A entrevista na íntegra só está disponível na versão física da revista de abril que acaba de chegar às bancas, mas a coluna F5, da Folha de São Paulo, destacou algumas falas do pastor.


Além de drogas, Feliciano também comentou a respeito de sexo anal, ele precisou responder se considera possível que um homem tenha prazer com a prática.


“Com certeza, tem homens que têm tara por ânus, sim”, disse. “Eu não entendo muito dessa área porque nunca fiz, graças a Deus”.


Na visão do deputado, quem pratica sexo anal não consegue mais voltar. “Espero nunca fazer, porque parece que quem faz não volta mais”.